A partir do próximo mês, a conta de luz deve chegar mais barata às casas dos brasileiros. É que a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) decidiu reduzir o valor das bandeiras amarela e vermelha – tarifa que os consumidores pagam quando as usinas térmicas estão ligadas.
A mudança ocorre porque o nível dos reservatórios subiu com as últimas chuvas – principalmente no Sudeste, o que permitiu que algumas termelétricas que estavam operando fossem desligadas.
A medida começa a valer a partir de primeiro de fevereiro, quando a bandeira vermelha passa de R$ 4,50 para R$3 por kW consumido, enquanto a amarela cai de R$ 2,50 para R$ 1,50.
No último dia 20, no entanto, a Aneel também anunciou que o Governo Federal vai cobrar R$ 17 bi de bônus a empresas que arremataram 29 hidrelétricas leiloadas em novembro. O leilão foi realizado para escolher os novos operadores dessas usinas que operam há vários anos no país e estão com contratos vencidos ou próximos de vencer – e se encontram no chamado sistema de cotas.
Para participar, as empresas tiveram que se comprometer a antecipar ao governo um total de R$ 17 bilhões. Esse dinheiro, porém, será devolvido às empresas durante o período de concessão, e quem vai pagar são os consumidores, que arcarão com um aumento de 1,7% na conta de luz.
O objetivo do governo, ao exigir esse bônus, foi conseguir uma arrecadação extra para melhorar um pouco suas contas, afetadas pela desaceleração da economia. A alta na conta de luz entra na composição do reajuste anual das distribuidoras, a ser aprovado pela Aneel ao longo de 2016.
