O planeta Terra é constituído por cerca de 70% de água. Mas o que muitas pessoas não sabem é que a maior parte dessa água é imprópria para consumo humano (água salgada) ou de difícil acesso (geleiras e fontes subterrâneas).
Buscando conscientizar sobre a importância da água, em 1992, a Organização das Nações Unidas (ONU), sugeriu durante uma conferência que fosse criado o Dia Mundial da Água em 22 de março.
A data passou a ser celebrada a partir do ano seguinte. Desde então, todos os anos, a Organização define um tema diferente para ser debatido. Em 2018, o mote da campanha é “A natureza pela água”, que visa discutir soluções baseadas no meio ambiente para resolver problemas hídricos.
Na mesma época em que foi instituído o Dia Mundial da Água, foi lançado pela ONU a Declaração Universal dos Direitos da Água. O objetivo desse documento é reunir atitudes que podem – e devem – ser tomadas em relação ao uso sustentável da água, além de mostrar a importância desse recurso natural.
Confira o que diz a declaração:
Art. 1º – A água faz parte do patrimônio do planeta. Cada continente, cada povo, cada nação, cada região, cada cidade, cada cidadão é plenamente responsável aos olhos de todos.
Art. 2º – A água é a seiva do nosso planeta. Ela é a condição essencial de vida de todo ser vegetal, animal ou humano. Sem ela não poderíamos conceber como são a atmosfera, o clima, a vegetação, a cultura ou a agricultura. O direito à água é um dos direitos fundamentais do ser humano: o direito à vida, tal qual é estipulado do Art. 3 º da Declaração dos Direitos do Homem.
Art. 3º – Os recursos naturais de transformação da água em água potável são lentos, frágeis e muito limitados. Assim sendo, a água deve ser manipulada com racionalidade, precaução e parcimônia.
Art. 4º – O equilíbrio e o futuro do nosso planeta dependem da preservação da água e de seus ciclos. Estes devem permanecer intactos e funcionando normalmente para garantir a continuidade da vida sobre a Terra. Este equilíbrio depende, em particular, da preservação dos mares e oceanos, por onde os ciclos começam.
Art. 5º – A água não é somente uma herança dos nossos predecessores; ela é, sobretudo, um empréstimo aos nossos sucessores. Sua proteção constitui uma necessidade vital, assim como uma obrigação moral do homem para com as gerações presentes e futuras.
Art. 6º – A água não é uma doação gratuita da natureza; ela tem um valor econômico: precisa-se saber que ela é, algumas vezes, rara e dispendiosa e que pode muito bem escassear em qualquer região do mundo.
Art. 7º – A água não deve ser desperdiçada, nem poluída, nem envenenada. De maneira geral, sua utilização deve ser feita com consciência e discernimento para que não se chegue a uma situação de esgotamento ou de deterioração da qualidade das reservas atualmente disponíveis.
Art. 8º – A utilização da água implica no respeito à lei. Sua proteção constitui uma obrigação jurídica para todo homem ou grupo social que a utiliza. Esta questão não deve ser ignorada nem pelo homem nem pelo Estado.
Art. 9º – A gestão da água impõe um equilíbrio entre os imperativos de sua proteção e as necessidades de ordem econômica, sanitária e social.
Art. 10º – O planejamento da gestão da água deve levar em conta a solidariedade e o consenso em razão de sua distribuição desigual sobre a Terra.
Mudar pequenas atitudes também faz parte da nossa responsabilidade para preservar a água e a vida na Terra. Compartilhe!