Tevisa: 63 mil horas de operação em 2021, sem previsão de desligamento

Com a maior crise energética já instalada no país, a Tevisa se mantém despachada e operando, conforme programação do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), há mais de 10 meses para ajudar na garantia energética do sistema interligado nacional. Só no período, já foram gerados aproximadamente 900 mil MWh, um volume suficiente para abastecer, por exemplo, em média, 640.000 residências ou 3 grandes hospitais com 300 leitos cada, durante esse tempo.

Segundo alertas do ONS, a escassez de chuvas no país é a pior em 91 anos e reservatórios importantes para a produção de energia estão no pior nível em 22 anos e continuam baixando.  Os das regiões Sudeste e Centro-Oeste, onde ficam as usinas responsáveis pela maior parte da geração hidrelétrica do Brasil, atingiram no dia 31 de julho com 25,9% de sua capacidade, abaixo dos níveis de 2001, quando eram 26,85%. 

O gerente de Operação na Tevisa, Valdemir Penha, explica que não há previsão de desligamento dos motores da usina, que deve encerrar 2021 com uma taxa de operação acima de 90%, e ressalta que o despacho das termelétricas a óleo tem como objetivo minimizar os efeitos da crise hídrica na disponibilidade de eletricidade para a população.

“Isso porque, apesar de investimentos realizados na diversificação das fontes no Brasil nos últimos 20 anos, ainda há dependência das matrizes hidrelétricas, que representam cerca de 63% do total de oferta de energia no país”, afirma Valdemir.

“Vivemos algo parecido em 2014, quando chegamos a operar cerca de 83% do total da capacidade anual, em atendimento à programação do ONS, o que é bem expressivo. Apesar de utilizar óleo no seu funcionamento, ainda é a melhor tecnologia para acionamento em condições extremas como agora. A partida é rápida, é estável, permite estoque de combustível e controle de produção. O mundo é dependente de energia, todo o sistema só funciona com energia, e ter disponibilidade deste tipo de geração ainda é estratégico”, ainda relembra o gerente.

A empresa
Em 2014, com um consumo de energia em alta, mas baixa capacidade de produção devido a uma grande estiagem, usinas termelétricas também foram acionadas. 

Crise hídrica

O ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, em pronunciamento em rede nacional afirmou que o país enfrenta “uma das piores secas de sua história”, mas se trata de uma crise transitória. Ele também negou a possibilidade de um novo “apagão” ou medidas nacionais de racionamento, como em 2001. (Fonte: Agência Senado)

A crise hídrica acontece quando os níveis de água nos reservatórios ficam muito baixos e não conseguem atender a demanda comum da população. Este ano, a falta de água atingiu diversas regiões brasileiras.

Entre os motivos para essa falta de água no Brasil estão o aumento do consumo diante do crescimento populacional e a retomada do crescimento das atividades industriais e da agricultura. Também está diretamente relacionada à diminuição do nível de chuvas.

Segundo a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), o final de 2020 e o início de 2021 registrou o menor aporte de chuvas e recuperação do volume de água dos reservatórios desde 1931, início da série histórica do Sistema Interligado Nacional (SIN).

Apagão

Em 2001, uma grave crise energética aconteceu no Brasil e o Governo Federal criou uma política de redução compulsória do consumo de energia elétrica. Essa redução obrigava a todos diminuirem em 20% o consumo de energia elétrica, sob pena de multa e corte no fornecimento. Foi popularmente adotado o termo “Apagão” para esse período em que as medidas de racionamento se mantiveram ativas (julho de 2001 a fevereiro de 2002). 

O que fazer?

Uma das formas de ajudar a enfrentar essa crise e economizar é evitar o desperdício de água e de energia em casa e no trabalho. Separamos 10 dicas para você: 

Tome banhos rápidos e coloque o chuveiro na posição “verão” se não estiver muito frio em sua região.

Feche bem as torneiras quando não estiver usando diretamente a água.

Não deixe luzes ligadas à toa.

Desligue aparelhos eletrônicos na tomada quando não estiverem sendo utilizados.

Observe sempre se há algum vazamento de água e conserte rápido, descargas agarradas e torneiras pingando provocam muito gasto.

Varra as áreas externas como as calçadas e garagens ao invés de lavar.

Use um balde e não mangueira para lavar o carro.

Troque suas lâmpadas por lâmpadas de LED que são 80% mais econômicas.

Não utilize máquina de lavar com poucas roupas.

Diminua o tempo de uso de aparelhos como AirFryer, forno elétrico e ferro elétrico

(Publicada em 19/08/2021 – por KICk)

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