Mensalmente, a Tevisa realiza de forma interna com os seus funcionários discussões acerca do meio-ambiente. Neste mês, o assunto abordado foi relacionado à proteção da água, que é um tema importante e até mesmo vital.
No mês março, comemora-se o Dia Mundial da Água (22), escolhido pela ONU como uma data de reflexão e debates sobre o tema. A Tevisa fez a sua parte e organizou uma programação para conversar sobre esse assunto com todos os seus funcionários.
De acordo com a técnica em Meio Ambiente da Tevisa Marlene F. Gabriel, os funcionários e coordenação fizeram um debate acerca da importância da água e compartilharam técnicas para sua economia dentro da empresa e em seus lares. Na indústria da empresa, já são adotadas diversas medidas para preservar esse bem, como no reaproveitamento da água já utilizada.
“Os funcionários contam que utilizam as dicas que são aprendidas dentro da empresa para economizar dentro das suas próprias casas”, conta Marlene.
Um coquetel de problemas
Uma investigação feita pela Agência República em conjunto com a organização suíça Public Eye, analisando dados do Ministério da Saúde entre os anos de 2014 e 2017, mostrou que 1 em cada 4 cidades brasileiras possuem suas águas contaminadas com cerca de 27 tipos de agrotóxicos diferentes.
Dentre essas substâncias, cerca de 11 delas podem causar doenças graves ao organismo humano, como câncer, malformação fetal, dentre outras enfermidades. Os dados também mostraram que essa contaminação tem crescido em tom alarmante, chegando em 92% no último levantamento da pesquisa, no ano de 2017.
Para facilitar o entendimento da população sobre os riscos que estão expostos, foi criado um material interativo, onde os usuários podem verificar se seu município é um dos que possuem o coquetel de agrotóxicos na água. No Espírito Santo, 8 cidades contam com todas as 27 substâncias.
Especialistas apontam os riscos de terem tantas substâncias diferentes e danosas reunidas, pois elas, ao se misturarem, podem causar efeitos ainda mais prejudiciais para quem consome a água contaminada.
De acordo com a publicação feita pela Agência República, a médica e toxicologista Virgínia Depper conta que as políticas públicas tomadas para a diminuição do problema estão levando em conta apenas a ação dos agrotóxicos de forma individual, e não da forma como ela está atualmente no ambiente.
O Ministério da Saúde, quando contactado pela equipe da Agência, afirmou que a exposição a agrotóxicos é considerada um grave problema de saúde pública. Porém, contou que nenhuma ação de prevenção ou controle pode ser feito, pois a incidência das substâncias na água deveria passar do máximo permitido em lei, o que não aconteceu.
Entretanto, não existe em território nacional um limite fixado para a regulagem da mistura de substâncias. Outros países já procuram formas de medir e limitar a mistura desses reagentes na água, como os participantes da União Europeia, onde 21 das 27 substâncias agrotóxicas utilizadas no Brasil estão proibidas de serem utilizados na região europeia.