Tevisa é a primeira termelétrica a utilizar energia solar no ES

Empresa investiu R$ 2,5 milhões no desenvolvimento de nova tecnologia

Reduzir o consumo de energia elétrica é um tema cada vez mais debatido no dia a dia da população, principalmente após a crise hídrica que afetou a produção das hidrelétricas brasileiras. E o que as empresas estão fazendo para reduzir esse consumo?

Pode parecer contraditório, mas, no Espírito Santo, uma produtora de energia elétrica está investindo em novas tecnologias para diminuir os gastos com a mesma. A Termelétrica Viana (Tevisa), que gera cerca de 15% da energia distribuída no estado em capacidade máxima, é a primeira usina a utilizar energia solar.

A fonte gerada por um sistema com 642 painéis fotovoltáicos é utilizada na alimentação do consumo interno da termelétrica. Os painéis foram utilizados, ainda, para a cobertura de um estacionamento para 15 vagas, reduzindo os custos da empresa e aumentando as possibilidades de utilização das peças.

De acordo com o gerente operacional da Tevisa, Carlos Sena, a escolha do projeto pela termelétrica veio do interesse da empresa em desenvolver e explorar novas tecnologias alinhadas com a filosofia de Redes Inteligentes de Fornecimento de Energia Elétrica, apontadas pelos especialistas como o futuro do setor elétrico brasileiro.

Por meio destas redes, será possível realizar outros serviços, como monitoramento doméstico e automação residencial, além de reduzir a perda de energia por furtos ou fraudes.

“Em um país como o nosso, nenhuma fonte energética pode ser desprezada. A energia gerada a partir de fontes renováveis como a fotovoltaica, quando utilizada dentro de uma filosofia de geração distribuída inteligente, se torna mais eficiente sistêmica e operacionalmente, com menos impactos ambientais e maior qualidade no fornecimento de energia elétrica”, ressalta.

O custo para pesquisa e desenvolvimento do projeto foi de cerca de R$ 2,5 milhões, que incluíram a equipe de pesquisadores e fabricação dos protótipos, e a aquisição dos materiais e sua instalação. O investimento foi realizado no âmbito do Programa de Pesquisa e Desenvolvimento normatizado pela ANEEL, que estabelece que 0,4% da Receita Operacional Bruta das empresas de geração de energia elétrica sejam destinados a projetos que desenvolvam novas tecnologias e métodos mais eficientes para utilização no setor elétrico.

Compartilhe

Este site não coleta cookies e usa dados pessoais de acordo com o nosso Aviso de Privacidade . Para mais informações, consulte AQUI. Ao continuar navegando neste site, você declara estar ciente dessas condições.