TEVISA entra em operação para atender Sistema Nacional

A Usina Termelétrica Viana (TEVISA) entrou em operação na última semana, após despacho dado pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), para fins de garantia energética, conforme determinação do Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE). A ordem para ligar os geradores imediatamente, em caráter extraordinário, visa a preservação dos reservatórios de água das usinas hidroelétricas, particularmente as da região Sul, que estão com seus reservatórios abaixo de 30% e reduzir o risco de falta de energia elétrica no país.

De acordo com o diretor técnico da TEVISA, Marco Marcial, a medida busca garantir o suprimento de energia para o SIN, que está precisando do suporte das usinas térmicas para atender o aumento do consumo de energia elétrica, que chegou a níveis altos no período pré-pandemia, resultante da rápida recuperação da atividade econômica, associada à baixa hidrologia e às altas temperaturas registradas.

E, sem a geração de energia para suprir a deficiência hidrológica, o impacto seria muito negativo. Só a Tevisa foi despachada por ‘Garantia Energética’ 5 vezes nos últimos 8 anos”, enfatiza Marco.

“Esse é um sinal claro da importância e da necessidade das usinas térmicas flexíveis, que precisam estar prontas para entrar em operação imediatamente após o comando do ONS. Estas usinas desempenham o papel de seguro do sistema elétrico brasileiro e precisam estar disponíveis para serem utilizadas quando necessário, evitando problemas de abastecimento”.

Leia também
Pandemia, Dia do Voluntário e mais: confira o informativo da TEVISA

“O setor elétrico brasileiro tem passando por importante e positiva transformação, com um grande aumento na participação das novas fontes renováveis, como a eólica e a solar. Elas têm sido predominantes na expansão do setor, mas devido a sua característica de geração intermitente, demandam que outras fontes despacháveis possam ser chamadas a operar e gerar energia, para manter a produção. Por isso, a elevação da participação das renováveis na nossa matriz implica na necessidade da geração térmica flexível, garantindo a segurança do sistema. Aí, entram as usinas a óleo, com  um papel fundamental para despachos em atendimento a essas intermitências e que podem iniciar a geração elétrica de imediato”, explica Marco.

Térmicas a óleo despachadas pelo ONS por garantia energética

O despacho das Termelétricas a óleo foi considerado pelo Conforme  Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE) em reunião extraordinária realizada no dia 16 de outubro. Entre as motivações analisadas que se somaram a alta demanda e o baixo nível dos reservatórios, a previsão meteorológica de chuvas irregulares em bacias da região Sudeste, a permanência de temperaturas altas, especialmente no Sudeste e Centro-Oeste. E diante disso, o Comitê reiterou a garantia do suprimento e destacou que há recursos energéticos disponíveis, inclusive além dos montantes já despachados de usinas termelétricas.

“O ONS fica autorizado a despachar geração termelétrica fora da ordem de mérito e importação sem substituição a partir da Argentina ou do Uruguai, nos moldes do § 13, do art. 1o da Portaria MME no 339/2018”, consta a nota informativa da 236ª reunião, que também registra reavaliações semanais, em reuniões técnicas, visando verificar a necessidade da continuidade da operação das termelétricas e de ações adicionais. 

A TEVISA

Fundada em 2007, a Termelétrica Viana S.A. (TEVISA) opera no Distrito Industrial do município de Viana (ES), gerando energia a partir de conjuntos motogeradores movidos a óleo combustível. A capacidade instalada é de 174,6 megawatts (MW), suficiente para abastecer cerca de 630 mil residências com consumo médio de 200 kwh/mês.

Compartilhe

Este site não coleta cookies e usa dados pessoais de acordo com o nosso Aviso de Privacidade . Para mais informações, consulte AQUI. Ao continuar navegando neste site, você declara estar ciente dessas condições.