Material reciclado é destinado a pessoas em situação de rua. Peças passam por cuidadoso processo antes de serem reinseridas para o consumo
Roupa suja se lava em casa, certo? E roupa velha se descarta onde? Para a Tevisa, a resposta é fácil: na empresa mesmo. Os uniformes que já não servem mais para uso dos nossos colaboradores vêm tendo uma destinação muito nobre. Estão virando matéria-prima para a confecção de cobertores destinados a pessoas em situação de rua.
Essa ação foi garantida por meio da adesão das companhias ao processo de reciclagem e à parceria com a Retalhar, empresa responsável pela reforma das peças.
A notícia é de aquecer o coração. Em conjunto com a LGSA e a Povoação Energia, empresas do grupo, mais de 160 kg de nossos resíduos têxteis foram encaminhados para reaproveitamento. O número engloba os resultados nos anos de 2022 e 2023. São 83,2 kg de materiais oriundos da Linhares Geração e Povoação Energia e 81,6 kg originários da Tevisa.
Pelas mãos da Retalhar, os tecidos passam pela reciclagem para valorizar pessoas e gerar impacto socioambiental positivo, algo que faz toda a diferença principalmente na temporada outono-inverno.
Assim, as usinas contribuem para combater um problema de grandes dimensões: a excessiva geração desses resíduos. Só para se ter uma ideia, o Brasil produz cerca de 9 bilhões de roupas têxteis por ano, segundo informa o CEO da Retalhar, Jonas Lessa, com base em estatísticas da Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção (Abit).
“Somos uma organização que se propõe a resolver os problemas sociais e ambientais. No nosso caso, o foco está em solucionar a questão dos resíduos têxteis, um problema muito relevante, seja pelo seu alcance, seja pela sua escala.”
Osvaldo Santos, analista de comunicação das empresas, também ressalta a importância da iniciativa. “Assim contribuímos com a economia circular, dando um fim sustentável ao pós-consumo dos uniformes, alinhando essa ação às diretrizes da logística reversa.”
A Tevisa e outras empresas pelo país ajudam a Retalhar a:
- Poupar os aterros e a sobrecarga de recursos naturais ao reaproveitar um volume de resíduos equivalente ao ocupado por 548 carros populares.
- Produzir mais de 90 mil cobertores, distribuídos para pessoas em situação de rua.
- Confeccionar mais de 34 mil produtos personalizados.
Na organização, o tecido destinado à reciclagem envolve as etapas: trituração, desfibramento e reinserção no setor produtivo.
“Todo esse empenho vai ao encontro do Objetivo de Desenvolvimento Sustentável da ONU 17 (parcerias e meios de implementação). Os ODS são desafios lançados pela ONU para acabar com a pobreza, proteger o planeta e assegurar que todas as pessoas tenham paz e prosperidade. Estamos expandindo nossa contribuição nessa parte”, finaliza Osvaldo.